Parque Nacional Lanín – Navegando pelos Lagos Huechulafquen e Epulafquen »
Como admiradores da natureza e de fotografias de paisagem gostamos muito de parques naturais (já até fizemos uma exposição fotográfica com este tema). Durante a nossa última passagem pela Argentina, não poderíamos deixar de visitar o Parque Nacional Lanín, um dos mais belos da região. O parque é muito conhecido por causa do vulcão Lanín e pelas opções de turismo de aventura que oferece. O vulcão, de 3776 metros de altura, é um símbolo da província argentina de Neuquén, fazendo parte da sua bandeira e do seu hino.
O Parque Nacional Lanín agrega uma área de 3790 km² de pura floresta patagônica ao longo da fronteira com o Chile e a norte do Parque Nacional Nahuel Huapi na Argentina. As cidades de San Martín de los Andes (onde nos hospedamos), Junín de los Andes e Aluminé são as melhores bases para explorar o parque e seus vários lagos. Possui diversas áreas de camping, além de opções de caminhadas, escaladas e passeios pelos lagos.
Optamos por visitar a área dos lagos Huechulafquen, Epulafquen e Paimún (custamos a aprender como pronunciar esses nomes!) para fazer um passeio de barco e também ver de perto o vulcão Lanín.
Contratamos o passeio com uma agência de turismo de San Martín de los Andes. No horário combinado, a van nos pegou no hotel e partimos em direção a Junín de los Andes (42km desde San Martín de los Andes). Fizemos uma pequena parada na cidade para conhecê-la. Começamos na região próxima à igreja Nuestra Señora de las Nieves, muito bonita por sinal.
A igreja reúne um pouco da religiosidade cristã e da cultura Mapuche. Com uma arquitetura interna diferente, a igreja conta com muitos vitrais que permitem uma suave iluminação natural.
Um detalhe interessante é que Junín de los Andes é uma cidade muito famosa pela pesca, especialmente na modalidade fly fishing. Pescadores de vários lugares do mundo visitam esta região para pescar truta e, obviamente, voltar para casa com um bom estoque de lorotas na bagagem. 🙂 As placas das ruas tem desenhos de trutas, como estas da foto. Achamos muito divertido e criativo!
Ainda demos uma passada na Plaza San Martín para irmos ao banheiro e comprar comidas e bebidas para o passeio. A parte divertida foi que, ao ir em direção ao banheiro, numa pequena galeria, a trilha sonora era por conta de Michel Teló, com seu hit “Ai se eu te pego”. 😀 Caímos no riso!
Chega de Junín de los Andes e vamos logo ao Parque Nacional Lanín! Saímos em direção ao parque pela RP 23 (no máximo uns 5 km, é pouco mesmo) e depois entramos pela RP 61 (não pavimentada, mas em ótimas condições), onde começamos a ver a bela paisagem que toma conta da região. Ao lado da estrada, um rio de águas transparentes nos acompanhou por um bom tempo. Nesta estrada, são aproximadamente 60 km até Puerto Canoa, de onde sai o passeio de barco.
Depois de um tempo, ainda antes de entrar no Parque Nacional Lanín, paramos em um mirante na beira do lago Huechulafquen para esticar as pernas e tirar umas fotos. Fomos informados pelo guia que esta parte do lago (ainda fora do parque) está sendo loteada. 🙁 Esperamos que isso não estrague a beleza do lugar.
Entramos na van e seguimos em direção à entrada do parque. Em pouco tempo chegamos à portaria onde descemos para pagar a taxa de entrada, que nos custou $50 pesos argentinos por pessoa. (Esse preço foi reajustado recentemente, antes era $30 pesos argentinos.) Para argentinos, a taxa é algo em torno de $15 (pesos argentinos). (Muito grande a diferença, não?) Na portaria do parque é fornecido um mapa com informações do parque. Aproveitamos também para ir ao banheiro (estava limpo, por sinal).
Alguns minutos depois, nova parada em outro mirante à beira da estrada para mais fotos. Belíssima paisagem, com o lago Huechulafquen e montanhas ao fundo.
Até chegar a Puerto Canoa percorremos um caminho com muitas curvas e paisagens de cair o queixo. Árvores enormes, campos com ovelhas, riachos de água limpa, várias construções de madeira (inclusive do povo Mapuche que ainda habita o parque) davam o ar da graça. A água na margem do lago, próxima a estrada, era tão clara em alguns pontos que chegava a lembrar o mar do Caribe. Infelizmente estávamos de van e não deu para tirar fotos nesse momento. Sério, fizemos votos de voltar algum dia em carro alugado para parar em cada ponto da estrada :). As condições da estrada são muito boas e vale muito a pena.
Em Puerto Canoa, na margem norte do lago Huechulafquen, há variadas opções de caminhadas, além de ser o ponto de partida e chegada do Catamarán José Julián (passeio que contaremos em mais detalhes em outro post). Um simples tempo parado contemplando a beleza do lago já te garante uns bons dias a mais de vida :). Ali também há um restaurante, onde se pode almoçar e inclusive agendar o almoço para depois do passeio de barco. Ficamos um tempo descansando em Puerto Canoa e tirando algumas fotos.
Chegou então o momento de partir rumo ao lago Paimún, próximo destino do passeio.
Antes de chegar ao lago Paimún, paramos em frente a Capilla María Auxiliadora del Paimún. Ao entrar e ler a placa que havia no interior, fomos surpreendidos! A capela abriga vitrais desenhados pelo J. R. R. Tolkien para o livro “El Hobbit“. Sim, o mesmo autor de Senhor dos Anéis. Legal demais, né?
Visitamos a igreja e fomos caminhando até a beira do lago, que é muito fotogênico e está rodeado por belas paisagens. Estávamos mais próximos ao vulcão Lanín, porém ele estava encoberto pelas nuvens! 🙁 Não conseguimos vê-lo por completo nenhuma vez.
Próximo ao lago Paimún havia uma área muito boa para piquenique. Como já estava no final da tarde, paramos para fazer um lanche e apreciar a paisagem. A área também conta com banheiros para os visitantes.
Chegou então a hora de pegar a van e voltar a San Martín de los Andes, convictos de que este foi um dos parques mais bonitos que já vimos e que voltaremos a este lugar. E tomara que da próxima vez o vulcão Lanín apareça melhor nas nossas fotos! 🙂
Como chegar:
- De ônibus: partidas do terminal de Junín de los Andes várias vezes ao dia, ao custo de $15 (pesos argentinos) e te deixam em várias áreas do parque.
- Por agência de turismo: Passeios podem ser contratados em agências locais a partir de Junín de los Andes ou San Martín de los Andes.
- De carro: uma boa opção é alugar um carro e ir por conta própria, parando onde quiser e ficando o tempo que julgar necessário. Ficaríamos com a opção do carro, apesar de termos gostado muito do passeio que contratamos. O caminho de Junín de los Andes ao parque é pela RP 23 e depois pela RP 61.
Site do parque: http://www.parquenacionallanin.gov.ar
Preço:
- A entrada no parque custa, por pessoa estrangeira, $50.00 (pesos argentinos).
- O passeio pelo parque partindo de San Martín de los Andes custou aproximadamente $180 (pesos argentinos) por pessoa. A agência deu desconto para pagamento à vista.
Muito show suas fotos! Lindo demais.
Perguntinhas: dá pra “conhecer” o parque em meio dia? Complicado ir no inverno?
[]’s
Olá Camila, muito obrigado pelos elogios !
Nós não recomendamos conhecer o parque em meio dia, é muito corrido. Só para ir até a parte legal do parque e voltar já custaria boa parte do seu tempo, afinal são cerca de 120 km ida e volta em estrada de terra, que apesar das boas condições, deve ser percorrida com precaução. Recomendamos no mínimo um dia para visitar esta área do parque.
Sobre o inverno, infelizmente nós não temos informações precisas de como fica esta área, mas notamos que várias estradas da região chegam a fechar no inverno. Então recomendamos uma pesquisa aprofundada a respeito.
Abraços,
Pois é, Helder.
Você tem razão. Meio dia não dá pra nada….
Depois que li seu post pensei em incluir o parque no meu roteirinho, mas é melhor deixar pra uma próxima visita. Mas a dica está anotada!
[]’s
Olá Camila,
Aquela região é fantástica e merece várias voltas, em uma delas inclua o parque :). Esperamos que você goste em sua visita!
Abraços,
Morei dois anos em san martin de los andes, e afirmo que mesmo no inverno vale a pena ver o parque lanin e visitar o vulcão mais tem muita neve mas as empresas de turismo fazem sim o passeio
Olá Dario,
Obrigado pelo relato, muito bom saber de alguém que morou por lá que dá pra visitar no inverno, que deve também ser maravilhoso.
Abraços,
Helder
vi as fotos no facebook e achei mto lindo! coloquei na lista de lugares p/ um dia visitar!
Obrigado pelos elogios! O lugar é muito bonito e vale realmente a visita!
Olá Helder! Parabéns pelo post. Como vou a Bariloche e pretendo passar uns dias em San Martin e Villa La Angostura, já adicionei seu post nos meus favoritos para servir de guia. Estou com uma dúvida… Estarei em San Martin com carro alugado. Nesse caso, é possível conhecer todo o parque por conta própria, ou seja, sem a ajuda de um guia? Abraços.
Olá Henrique, tudo bem? Que bom que gostou do post, ficamos muito contentes!
É sim possível ir com carro alugado sem guia sem problemas e quando for voltar é isso que eu vou fazer. Mesmo a estrada de rípio dentro do parque é muito boa. Acho uma ótima opção.
Abraços,
Helder
Valeu pela dica. Um abraço!
Disponha, Henrique Azevedo, se tiver qualquer dúvida pode perguntar.
Abraços,
Helder
Olá, lindas fotos e adorei as dicas!
Estou indo pela 1ª vez para Bariloche e vou sozinha. Acha que é tranquilo ir nesses passeios sozinha?
Olá Paola, tudo bem?
Então, acho que é tranquilo de você ir sozinha sim. Há ônibus desde Junin de los Andes e você pode contratar o passeio com agência desde Junin ou San Martin de los Andes. Nós fizemos com uma agência de San Martin e achamos muito legal.
Abraços,
Helder
Adorei as dicas! Minha família e eu estaremos indo para Bariloche e vamos seguir suas dicas: alugar um carro visitar o parque, por conta! Obrigada!
Olá Débora, que bom que gostou das dicas!
Espero que faça uma ótima viagem e que você e sua família aproveitem bastante esta região maravilhosa. Nos conte depois como foi!
Abraços,
Helder
Fala Helder, belezinha?
Amigo, qual o nome da agência que vocês utilizaram? Você mencionou que o passeio desde San Martin custou em torno de $ 180 pesos argentinos, é isso mesmo? Estou na dúvida se contrato uma agência ou alugo um carro.
Um abraço, obrigado.
Olá Rafael, tudo bem?
Rapaz, honestamente não me lembro o nome da agência, já são mais de 5 anos que nós fomos. O preço na época foi esse mesmo. Eu achei a estrada muito boa, se fosse pra voltar eu voltaria com carro alugado para ter mais flexibilidade e ficar mais onde eu quisesse. Mas é mais cansativo. Aí fica da sua preferência.
Abraços,
Helder