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Visitar a Nova Zelândia foi a realização de um sonho antigo e mesmo com a nossa alta expectativa o país ainda conseguiu nos surpreender. Muitas das belezas do país eu já tinha visto por fotos e relatos de blog, já que sou apaixonado por fotografia de natureza e o que não faltam em sites de compartilhamento são lindas fotos de lá. Mas quando chegamos, nós vimos algo além das fotos e relatos, pois os próprios caminhos entre as lindas atrações normalmente são também muito bonitos e isso nos encantou. Até mesmo as muitas fazendas de gado ou de ovelhas são bonitas e fotogênicas. Dá vontade de parar para tirar foto o tempo todo. Eu cheguei a brincar dizendo que se o governo de lá tivesse noção da beleza do país eles colocariam estacionamentos nas estradas a cada 100 metros. 🙂

Entardecer de boas vindas em Auckland - Nova Zelândia

Entardecer de boas vindas em Auckland – Nova Zelândia

Outra coisa que nos encantou por lá foi a simpatia dos kiwis (forma como os neozelandeses são conhecidos). A fama era boa e ao vivo pudemos comprovar que faz sentido. Adoramos alguns hábitos locais, tipo andar descalço mesmo em áreas públicas e a confiança que eles tem das pessoas que abastecem o carro sozinhas antes de pagar qualquer centavo.

Casa do Bilbo Bolseiro em Hobbiton - Nova Zelândia

Casa do Bilbo Bolseiro em Hobbiton – Nova Zelândia

Foi muito difícil montar o roteiro, já que tínhamos apenas 3 semanas e muitos lugares legais na lista de desejos. O fato de o país ser pequeno e ter boas estradas ajudou muito porque não precisamos dirigir longas distâncias entre uma atração e outra. Optamos por fazer algo que estamos tentando evitar em nossas viagens, que é ficar pouco tempo em muitos lugares. Mas a Nova Zelândia não é logo ali (pelo menos pra quem mora no Brasil) e como a lista era grande nós acabamos incluindo muita coisa no roteiro. No final da viagem nós achamos que valeu a pena, já que vimos muita coisa bonita e como eu disse anteriormente até mesmo os deslocamentos são uma atração por si.

Vista do Mount Cook na Hooker Valley trail - Nova Zelândia

Vista do Mount Cook na Hooker Valley trail – Nova Zelândia

Há várias formas de se locomover na Nova Zelândia, como está muito bem explicado neste post do blog Viajoteca. Nós optamos por viajar de carro alugado (além do navio pra cruzar da ilha norte pra ilha sul) porque facilita muito a escolha de lugares para fotografar. Nem sempre os lugares bonitos estão ao lado do seu hotel e para mim dirigir nunca foi problema. Quer dizer, eu fiquei ansioso pra dirigir na mão inglesa mas mesmo entrando na contra mão uma vez e ligando o limpador de pára-brisas ao invés da seta um monte de vezes, eu acho que no final das contas foi tranquilo. 🙂

Tasman Lake no Mount Cook National Park - Nova Zelândia

Tasman Lake no Mount Cook National Park – Nova Zelândia

Escreveremos vários posts de lá e vamos começar aqui com nosso roteiro e uma descrição breve do que fizemos em cada dia. Depois teremos posts detalhados de algumas atrações.

  • Dia 1: Chegamos a Auckland. Impossível conter a alegria quando o avião tocou o solo neozelandês. O Oscar (do blog Viajoteca) nos buscou no aeroporto e nos levou pra conhecer algumas praias da cidade e redondezas. E tivemos um maravilhoso pôr do sol de boas vindas.
Piha Beach, a oeste de Auckland, no Mar da Tasmânia - Nova Zelândia

Piha Beach, a oeste de Auckland, no Mar da Tasmânia – Nova Zelândia

  • Dia 2: Península de Coromandel. Visitamos a Hot Water Beach e Cathedral Cove. Depois voltamos para Auckland pela Thames Coast Road com belas vistas e outro pôr do sol inesquecível.
Cathedral Cove em Coromandel - Nova Zelândia

Cathedral Cove em Coromandel – Nova Zelândia

  • Dia 3: Saímos de Auckland em direção a Matamata para visitar Hobbiton. Em seguida passamos por Rotorua para visitar o parque termal de Wai-O-Tapu, um dos mais famosos da cidade. Já quase a noite nós passamos pela Huka Falls, jantamos em Taupo e esticamos até o Tongariro National Park, onde passamos a noite.
Champagne Pool no parque termal Wai-O-Tapu em Rotorua - Nova Zelândia

Champagne Pool no parque termal Wai-O-Tapu em Rotorua – Nova Zelândia

  • Dia 4: Fizemos a longa trilha Tongariro Alpine Crossing, passando ao lado do Mount Ngauruhoe (Mount Doom do filme O Senhor dos Anéis). Dormimos novamente em um hostel na entrada do parque.
Mount Ngauruhoe, ou Mount Doom, no Tongariro National Park - Nova Zelândia

Mount Ngauruhoe, ou Mount Doom, no Tongariro National Park – Nova Zelândia

  • Dia 5: Deixamos o Oscar na estação de trem de Ohakune (ele voltaria para Auckland) e seguimos para Wellington, capital do país, onde visitamos o Museu da Nova Zelândia (Te Papa).
Museu Te Papa em Wellington, capital da Nova Zelândia

Museu Te Papa em Wellington, capital da Nova Zelândia

  • Dia 6: Cruzamos o Cook Straight de navio e pegamos outro carro em Picton. Passamos em Blenheim para almoçar na vinícola Brancott Estate e seguimos para Kaikoura, onde visitamos a colônia de leões marinhos no final do dia e ainda experimentamos o delicioso Crayfish no jantar.
Vinícola Brancott Estate em Blenheim - Nova Zelândia

Vinícola Brancott Estate em Blenheim – Nova Zelândia

  • Dia 7: Passeamos um pouco pela orla de Kaikoura para ver mais leões marinhos e depois pegamos estrada rumo a Christchurch, onde passamos a tarde no belo jardim botânico. Depois visitamos rapidamente a catedral de papelão e a catedral da cidade, muito danificada pelos terremotos de 2010 e 2011.
Leão marinho e montanhas de Kaikoura ao fundo - Nova Zelândia

Leão marinho e montanhas de Kaikoura ao fundo – Nova Zelândia

  • Dia 8: Saímos em direção ao Lake Tekapo, onde visitamos a fotogênica Church of the Good Shepherd. Queríamos fazer o tour noturno de observação do céu da Sky Reserve mas o próprio funcionário nos desanimou porque a lua estaria muito clara naquela noite. Como o tempo estava aberto, decidimos seguir até o Mount Cook National Park, onde fizemos a Hooker Valley track para ter uma linda vista do Mount Cook.
Lake Tekapo - Nova Zelândia

Lake Tekapo – Nova Zelândia

  • Dia 9: Dia de passear pelo Lake Pukaki e fazer as trilhas próximas ao Tasman Lake, também no Mount Cook National Park.
Azul inacreditável do Lake Pukaki - Nova Zelândia

Azul inacreditável do Lake Pukaki – Nova Zelândia

  • Dia 10: Voltamos ao Mount Cook National Park para fazer algumas trilhas mais leves, como a Governors Bush e a Kea Point. E dormimos no parque mesmo, em uma linda noite de céu estrelado.
Vista da trilha para o Kea Point no Mount Cook National Park - Nova Zelândia

Vista da trilha para o Kea Point no Mount Cook National Park – Nova Zelândia

  • Dia 11: Saímos em direção à cidade de Wanaka, mas como tínhamos tempo disponível nós resolvemos desviar um pouco pela State Highway 6 e visitamos a Thunder Creek Falls e as magníficas Blue Pools, no Mount Aspiring National Park. Passamos o fim de tarde no Lake Wanaka, fotografando a absurdamente fotogênica Wanaka Tree.
Blue Pools na State Highway 6 no caminho de Wanaka para West Coast - Nova Zelândia

Blue Pools na State Highway 6 no caminho de Wanaka para West Coast – Nova Zelândia

  • Dia 12: Acordamos cedo para fotografar o nascer do sol na Wanaka Tree e depois pegamos a estrada até Te Anau. Como chegamos relativamente cedo, resolvemos passear um pouco pela Milford Road, estrada cênica. Fomos até as maravilhosas Marian Falls e na volta passamos pelo Mirror Lakes.
A famosa e absurdamente fotogênica Wanaka Tree em Wanaka - Nova Zelândia

A famosa e absurdamente fotogênica Wanaka Tree em Wanaka – Nova Zelândia

  • Dia 13: Passeio de barco pelo Doubtful Sound. Navegamos pelo Lake Manapouri e pelo Doubtful, segundo maior fiorde da Nova Zelândia.
Passeio de barco no Doubtful Sound, segundo maior fiord da Nova Zelândia

Passeio de barco no Doubtful Sound, segundo maior fiord da Nova Zelândia

  • Dia 14: Fomos até o Milford Sound, parando várias vezes na Milford Road. Fizemos o passeio de barco pelo Milford Sound e dormimos no Milford Sound Lodge.
Passeio de barco no Milford Sound, um dos mais belos fiords da Nova Zelândia

Passeio de barco no Milford Sound, um dos mais belos fiords da Nova Zelândia

  • Dia 15: Começamos o dia fazendo a trilha até a Giants Gate Falls, que é um pedaço da Milford track, trilha mais famosa e mais concorrida das Great walks neozelandesas. Depois seguimos para Queenstown, mas não sem parar várias vezes pra tirar fotos.
Giants Gate Falls no Fiordland National Park - Nova Zelândia

Giants Gate Falls no Fiordland National Park – Nova Zelândia

  • Dia 16: Passamos o dia em Glenorchy, onde fizemos um passeio a cavalo em Paradise, passando por vários cenários de filmes como o O Senhor dos Anéis e Hobbit. A tarde fizemos o passeio de jetboat pelo Dart River, entrando pelo maravilhoso Mount Aspiring National Park.
Cenário do passeio a cavalo que ficou em Paradise - Nova Zelândia

Cenário do passeio a cavalo que ficou em Paradise – Nova Zelândia

  • Dia 17: Buscamos Oscar no aeroporto e depois do almoço seguimos em direção a Arrowtown. Visitamos uma fazenda de lavanda, fotografamos campos com feno, vimos o lindo Arrow River e o simpático centro da cidade. Depois, no caminho pra Queenstown nós ainda fomos até o cenário onde foram gravadas as cenas do Pillars of the kings, que podem ser vistos no filme A Sociedade do Anel.
Campo de lavanda em fazenda no caminho de Queenstown para Arrowtown - Nova Zelândia

Campo de lavanda em fazenda no caminho de Queenstown para Arrowtown – Nova Zelândia

  • Dia 18: Primeiro dia da Routeburn track, quando caminhamos do Routeburn Shelter até o Routeburn Falls Hut, abrigo onde dormimos a primeira noite da trilha. Tivemos uma overdose de “olha a cor dessa água” por causa das maravilhosas cores do Routeburn river.
Lindo rio no primeiro dia da Routeburn Track - Nova Zelândia

Lindo rio no primeiro dia da Routeburn Track – Nova Zelândia

  • Dia 19: Caminhamos do Routeburn Falls Hut até o Lake Mackenzie Hut, onde pernoitamos na segunda noite, passando pelo ponto mais alto da trilha, o Harris Saddle. Tivemos lindas vistas das montanhas do Fiordland National Park e do vale do Hollyford River, além do Lake Mackenzie.
Maravilhoso Lake Mackenzie  no final do segundo dia da Routeburn Track - Nova Zelândia

Maravilhoso Lake Mackenzie no final do segundo dia da Routeburn Track – Nova Zelândia

  • Dia 20: Terceiro e último dia da Routeburn Track, caminhamos do Lake Mackenzie Hut até o The Divide, ponto da Milford Road onde a Routeburn Track termina (ou começa dependendo do sentido). De lá seguimos de volta de ônibus para Queenstown. A noite ainda saímos para jantar com o casal Suzany e Felipe do blog iPartiu.
Caminhando no meio de floresta úmida no terceiro dia da Routeburn Track - Nova Zelândia

Caminhando no meio de floresta úmida no terceiro dia da Routeburn Track – Nova Zelândia

  • Dia 21: Pela manhã nós voamos de Queenstown para Auckland, onde descansamos muito a tarde.
  • Dia 22: Saímos para comprar algumas lembrancinhas e depois fomos passear um pouco para despedir de Auckland. No meio da tarde fomos para o aeroporto para começar nossa jornada de volta.
Cratera do Mount Eden e o centro da cidade de Auckland ao fundo - Nova Zelândia

Cratera do Mount Eden e o centro da cidade de Auckland ao fundo – Nova Zelândia

Minhas fontes de pesquisa e inspiração para definição do roteiro da viagem:

Eu não poderia terminar este post sem um agradecimento especial ao Oscar e ao Maurício, do ótimo blog Mauoscar e agora também editor do Viajoteca. Nem que eu escrevesse um testamento aqui eu conseguiria descrever a boa vontade e esforço do Oscar para nos mostrar as maravilhas do país que ele tanto ama (acreditem, a paixão dele pela Nova Zelândia é contagiante). Além dos sempre bem detalhados posts que ele escreve, as belas fotos compartilhadas no perfil do Mauoscar e da Viajoteca muito nos inspiraram na montagem de nosso roteiro. Ao Maurício um muito obrigado pela hospitalidade, generosidade e por ter emprestado o Oscar por alguns dias. 🙂