Routeburn Track - Caminhando pelas montanhas até o Lake Mackenzie

« Na Mídia – Programa Caleidoscópio sobre Argentina
Papel de Parede – Julho/2015 »

Como já contamos pra vocês, durante a nossa viagem a Nova Zelândia tivemos a oportunidade de fazer a Routeburn Track, uma das Great Walks neozelandesas. Na companhia do Oscar do blog MauOscar e Viajoteca, caminhamos durante três dias por belas paisagens. Já falamos como foi o primeiro dia de trilha pela Routeburn Track e agora mostraremos como foi o segundo dia de trilha em que caminhamos pelas montanhas até o Lake Mackenzie.

Os três dias da trilha foram muito bonitos mas o segundo dia foi especial, pois foi quando cruzamos o limite entre os dois parques nos quais a trilha está situada. Deixamos para trás o Mount Aspiring National Park e entramos no também muito bonito e preservado Fiordland National Park. Os dois fazem parte da Te Wahipounamu, uma área no sudoeste da Nova Zelândia que foi reconhecida em 1990 pela Unesco como patrimônio da humanidade.

Maravilhoso Lake Mackenzie, nosso destino do segundo dia da Routeburn Track – Nova Zelândia

Montanhas ao redor do Lake Harris na Routeburn Track – Nova Zelândia

Os 11.3 km deste dia da trilha pode ter dividido em três partes. A primeira parte é uma subida até o Harris Saddle, que é o ponto mais alto de todo o percurso e é também o limite entre os dois parques. Depois viramos a esquerda e seguimos algumas quilômetros ao longo das montanhas em um trecho alternando fracas subidas e descidas. No final, há uma forte descida em zigue zague até o abrigo que fica ao lado do Lake Mackenzie.

Começamos a caminhar cedo, dispostos a seguir um ritmo moderado na subida até o Harris Saddle. No início nós passamos pelas Routeburn Falls, que ficam ao lado do Routeburn Falls Hut mas que só vimos neste dia porque chegamos muito cansados no dia anterior. As quedas são bonitas como também são as montanhas ao redor e a água, pra variar, muito limpa.

Routeburn Falls, uma das belezas da Routeburn Track – Nova Zelândia

Seguimos caminhando ao longo do riacho que começam no ainda distante Lake Harris e forma as quedas que acabamos de ver. Paramos muitas vezes pra tirar fotos porque a paisagem era muito bonita. Chegamos a ver bem lá no alto uma Kea, um papagaio alpino da Nova Zelândia, mas nem tiramos foto por ela estava muito longe.

Paisagem da subida até o Harris Saddle na Routeburn Track – Nova Zelândia

A subida chegou a ficar mais leve em um trecho mas apertou quando estávamos perto do Lake Harris. Pela vista valeu o esforço. O lago é muito bonito e a paisagem com as montanhas ao redor me fez lembrar dos cenários do filme O Senhor dos Anéis. Se aparecesse por lá Uruk-hai correndo atrás da gente ou um elfo maluco soltando flecha pra todo lado eu nem me surpreenderia. 🙂

Routeburn Track, montanhas e o Lake Harris – Nova Zelândia

Lake Harris e montanhas ao longo da Routeburn Track – Nova Zelândia

Depois de passar pelo Lake Harris nós caminhamos um pouco e encontramos um bom lugar para uma pausa para o lanche, ao lado de um pequeno lago. Comi um sanduíche que havíamos preparado de manhã e pra não perder o costume tirei algumas fotos ao redor. Atrás do pequeno lago havia uma montanha e os dois juntos formaram uma composição que eu achei interessante.

Local de parada para o lanche na Routeburn Track – Nova Zelândia

Bonita composição no cenário de nosso lanche na Routeburn Track – Nova Zelândia

Voltamos a caminhar e em pouco tempo chegamos no Harris Saddle Shelter, um abrigo de apoio para os grupos que vem com guias mas que tem banheiro que pode ser usado por qualquer um que passar pela trilha. Aproveitamos para usá-lo, já que era o único com estrutura no dia. Nesse abrigo há um desvio de ida e volta que vai até um lugar chamado Conical Hill, de onde se tem uma vista em 360º, mas nós achamos melhor seguir em frente.

Harris Saddle Shelter, ponto de apoio da Routeburn Track – Nova Zelândia

Neste ponto a trilha virou à esquerda, em direção ao sul, e nós passamos a caminhar com o vale do Hollyford River e as montanhas do Fiordland à nossa direita. A sensação foi de que o mundo abriu em nossa frente e nós seguimos em frente com uma linda vista por muito tempo. Passamos ainda por alguns riachos que desciam das montanhas e vimos até um pedaço Mar da Tasmânia.

Montanhas do Fiorland National Park vistas da Routeburn Track – Nova Zelândia

Vegetação alpina, floresta, montanhas e vale do Hollyford River na Routeburn Track – Nova Zelândia

Nerds e as montanhas do Fiordland National Park na Routeburn Track – Nova Zelândia

Pequenos trampers na trilha para mostrar a grande da natureza na Routeburn Track – Nova Zelândia

Apesar do cenário ser bonito, nós estávamos ansiosos para ver o Lake Mackenzie, que pelas fotos parecia ser encantador. E a natureza deve ter escondido ele de propósito no meio das montanhas para que o encanto seja maior ainda quando as pessoas chegam em uma curva na montanha e olhem pra baixo pra ver aquele pedaço de água verde lá embaixo. Se foi intencional eu não sei, mas funcionou conosco e depois dos vários “caramba, olha a cor daquela água” nós paramos em um mirante para algumas fotos.

Lake Mackenzie escondido no meio das montanhas na Routeburn Track – Nova Zelândia

Lake Mackenzie e Lake Mackenzie Hut na Routeburn Track – Nova Zelândia

Do mirante começamos a descer para percorrer a terceira e última parte da trilha, uma descida íngreme até o abrigo que fica ao lado do lago. Descemos devagar para não forçar o joelho e evitar uma torção no pé. No meio da descida entramos no meio de uma floresta úmida muito bonita mas tiramos apenas algumas poucas fotos porque queríamos chegar logo para fotografar o lago de perto.

Quando chegamos no abrigo, nós mal escolhemos nossos lugares para dormir e corremos pro lago para fotografar. Nem precisa dizer que de perto ele é muito mais bonito. Tiramos muitas fotos de vários lugares e só paramos quando a fome apertou. Também tive que voltar pro abrigo rápido para tirar minhas botas que estavam encharcadas por um imprevisto (tive que entrar dentro do lago de bota e tudo para retirar a bolsa do tripé que estava sendo levada pelo vento para dentro do lago). Faz parte! 🙂