Belo Horizonte – Memorial Minas Gerais – Vale

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Continuamos a passear por Belo Horizonte (nossa cidade) para explorar mais atrações interessantes. A atração escolhida dessa vez foi o Memorial Minas Gerais – Vale. Ele é mais uma das atrações do Circuito Cultural Praça da Liberdade, assim como o Espaço TIM UFMG do Conhecimento. O objetivo do memorial é contar a história de Minas Gerais de forma interativa e moderna, homenageia os mineiros de destaque e exibe as manifestações culturais do estado.  O memorial conta com o patrocínio da Fundação Vale.

O prédio do memorial abrigava a Secretaria da Fazenda do Governo de Minas Gerais, antes dela se mudar para a Cidade Administrativa. Achamos ótima essa ideia de transformar os prédios antigos do Governo que ficariam vazios em atrações super interessantes para turistas e moradores. 🙂

Entramos no prédio e já fomos direcionados para uma fila que levava até recepção. Não há taxa de visitação no Memorial Minas Gerais – Vale. Você apenas anota seu nome, cidade, e-mail em um livro de visitas para cadastro. Neste local, você precisa deixar sua bolsa/mochila. Eles informam que é possível tirar fotos no interior do prédio, porém sem o uso de flash. Também pediram para colocar o celular no silencioso. Lá também fornecem os mapas do prédio e alguns fones de aúdio guia, porém no momento em que chegamos não havia nenhum disponível. É de lá que partem as visitas guiadas. Porém, resolvemos fazer a visita por conta própria acompanhando o mapa.

Começamos a visita explorando o primeiro andar. A primeira sala que visitamos foi a da Lygia Clark, pintora e escultora natural de Belo Horizonte.  Ela se autointitulava “não artista” e defendia que a arte era para ser vista, sentida e tocada, transformando o mundo da arte.

Seguimos para as salas dos escritores mineiros. Começamos pela sala de Guimarães Rosa, um dos escritores brasileiros mais importantes. A sala conta um pouco da vida e da obra do autor que ambientava seus romances e contos no sertão brasileiro.

Ao lado da sala de Guimarães Rosa está a sala do Carlos Drummond de Andrade, outro importante escritor brasileiro. A sala é super interessante. Está repleta de manequins confeccionados por Ronaldo Fraga. Nos ternos estão bordados alguns trechos de autoria de Drummond. Só para lembrar, o escritor é mineiro de Itabira, não poderia deixar de participar do Memorial de Minas Gerais. 🙂

A sala seguinte destaca um fotógrafo mineiro (do Vale do Rio doce) que conseguiu destaque não só no Brasil mas também no mundo inteiro: Sebastião Salgado. Esse artista registra, sempre em preto e branco, os aspectos da vida humana em diferentes comunidades. Suas fotos são muito expressivas e emocionantes.

As fotos são simplesmente deslumbrantes! Nós que gostamos muito de fotografia ficamos horas admirando essa sala. 🙂

As salas que visitamos em seguida são conhecidas como Mídiateca. A primeira, consistia em um espaço para Ler + Ver. Em um vitrine estavam dezenas de livros e guias de turismo específicos de Minas Gerais. O visitante pode solicitar ao monitor algum livro e passar um tempo lendo as informações.

Nesta sala também existe um grande mapa de Minas Gerais destacando a sua divisão em regiões e municípios. Um computador bem a frente do mapa permite aos visitantes obter mais informações sobre os municípios.

Esta sala também dá acesso ao jardim de inverno do prédio com destaque para a patrocinadora do memorial: a Vale! 🙂

O espaço Mídiateca ainda conta com uma sala com fones de ouvido, projetores e televisões. Os visitantes podem ouvir uma lista de músicas recomendadas e assistir às exibições de curtas. Super interessante! Como o ambiente é muito escuro, não fizemos nenhuma foto. Em seguida, seguimos para o Café Temático. Apesar de esperado, não havia nenhuma instalação de cafeteria, apenas alguns copos de água fornecidos gratuitamente pela Vale. A decoração do ambiente reúne uma coleção imensa de cachaças mineiras. O espaço conta também com uma transmissão sobre moda com a consultoria de Glória Kalil e narração da Fernanda Takai. Só tem gente boa nesse lugar! 🙂 Até o dia 30/11/2012, este espaço recebe a exposição fotográfica “Foco in Cena”, com fotografias de Guto Muniz. Vale a pena conferir!

Outra sala super bacana e moderna ainda no primeiro andar é o Cyber Lounge. Para utilizar os computadores é necessário fazer um cadastro na recepção.

Seguimos nosso passeio subindo para o próximo andar. O segundo andar permite ao visitante viajar pelos elementos que constituem a identidade mineira. Começamos pela sala Vilas Mineiras que possui uma representação em maquete das cidades mineiras no século XVIII e XIX.

A sala Fazenda Mineira retrata um pouco da realidade das fazendas, um elemento marcante na história de Minas Gerais. Os objetos estão dispostos de maneira bem diferente e super original.

Outra sala interessante no segundo andar é a Caminhos e Descaminhos. Nela estão representadas várias cartas geográficas de Minas Gerais. Os caminhos levam os visitantes a conhecer as belezas naturais de Minas Gerais e se aventurar no rafting, montanhismo, caminhada, espeleoturismo e outras atrações presentes no estado.

O Povo Mineiro também possui uma sala especial no segundo andar. Nesta sala conta-se a história da formação do povo mineiro a partir de indígenas, africanos, europeus e imigrantes de todo o país. Ficamos encantados com a transmissão super realista.

Outro destaque de Minas Gerais são as pinturas rupestres. Uma sala se dedica a apresentar um sítio arqueológico exibindo vestígios de civilizações antigas. No estado existem centenas de sítios arqueológicos. Próximo a Confins e Lagoa Santa, foi descoberto o esqueleto o mais antigo do continente americano, conhecido como Luzia.

Subimos para o terceiro (e útimo andar) do Memorial. Antes de explorar esse andar, uma pausa para apreciar as escadas do prédio. Elas mantém o estilo e o luxo de antigamente.

A Sala das Celebrações reúne algumas das celebrações populares e folclóricas mais importantes do estado: Congado, Folia de Reis, Pastorinhas, Procissões, Benzedeira e outras. Às vezes a gente não percebe e não dá valor às manifestações culturais do próprio estado.Essa sala nos lembrou nossa visita ao Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho em São Luís – Maranhão, onde conhecemos um pouco da cultura maranhese.

A sala do Vale do Jequitinhonha foi uma das nossas preferidas. O Vale do Jequitinhonha é uma região de Minas Gerais que reúne aproximadamente 80 municípios e mais de 1 milhão de habitantes. É conhecida pela precariedade da qualidade de vida, semelhante ao sertão nordestino. Porém, possui uma ampla riqueza natural e cultural. A sala é repleta de peças de artesanato características da região.

Cada peça possui a identificação do autor ou da comunidade a que pertence. Particularmente, nós achamos as peças lindas! 😀 A decoração da sala é muito bonita e em alguns pontos existe uma esteira que vai alternando as peças expostas. Super interessante!

Entre uma sala e outra, ainda paramos para apreciar a vista interna do prédio e a vista da Praça da Liberdade.

O terceiro andar possui espaço para espétaculos, cinema, performance e exposições. Tivemos a oportunidade de conferir a exposição fotográfica “Um Dia na Praça” que retrata cenas do cotidiano na Praça da Liberdade. Recomendamos a visita!

Horários de funcionamento:

• Terça-feira a Sábado (exceto Quinta-feira): 10:00 as 18:00.
• Domingo: 10:00 as 16:00.
• Quinta-feira: 10:00 as 22:00.

Visitas guiadas ou em grupo podem ser agendadas por telefone.

Entrada gratuita!

Endereço: Praça da Liberdade (próximo à Rua Gonçalves Dias) – Belo Horizonte

Contato: (31) 3343-7317.

Site: http://www.memorialvale.com.br